domingo, maio 16, 2010


Literacia:

Tem muita leitura; entreguei-me à escrita:
 
A CURIOSIDADE
I
A curiosidade é simples, dura enquanto a tenho.
Poderia no parágrafo anterior ter escrito "a minha", acho que não se aplica à minha curiosidade.

Ela tanto me pertence como me ignora, podendo dar-me uma sensação contrária à pretensão de ter uma. Serve esta sensação para alimentar um mote, onde cada um/a poderá interrogar o tipo de curiosidade que julga possuir.
Há curiosidades para todos os gostos, das que metem medo àquelas que fazem levitar o sujeito.
A minha é destas, levita (SE/se)!

II
Deixei a curiosidade a levitar, suspendi-a no ar, volto agora como quem a quer equilibrar na cabeça imaginando uma rodilha capaz de, com imaginação, ficar em pé (deve dar para a curiosidade) transportando-me a dar continuidade a este artigo repartido por três ocasiões diferentes, de modo à curiosidade ganhar cor, curtir o preto e branco, cultivar a diversidade, afirmar a sobrevivência: através da vivência destas palavras escritas, à procura de diferentes tipos de curiosidade ou de uma só capaz de SE manter imutável através de diferentes momentos?

III
A minha curiosidade centra-se sobre a natureza da palavra, pois neste momento sobre a escrita assenta e para ela reverte: rumo ao super-sumo da barbatana...
Surge no decurso da abordagem à leitura duma revista, onde acho seria pertinente abordar este tema bordando-o! Deste modo me entreguei à escrita e aqui a deixo, esperando interessar o leitor/a A seguir o leito onde a curiosidade corre simples e descomplexadamente complexa na imprevisibilidade das formas assumidas pelas nuvens onde se condensa o pensamento de quem sobre a curiosidade pensa.


Francisco Coimbra
[Escritor e Poeta- Portugal]

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